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O que renova e enobrece

O que é páscoa pra minha pessoa? Renovação, época que não se pode comer carne vermelha, de tradições familiares, de MUITO CHOCOLATE e, segundo minha mãe, a gente não pode nem se mexer entre as 12h e às 15h da sexta feira santa senão… Coisas estranhas acontecem. As minhas páscoas entre a família Maués de Lima Araujo sempre foram fantásticas, não consigo contar quantos ovos e chocolates eu ganhava até meus 10 anos de idade, eram muitos e não duravam mais que um final de semana. Não me esqueço de ter o rosto pintado pela tia Bilu e pela tia Marrom, das brincadeiras nas tardes do domingo de páscoa, do esconder de ovos, de carregar pra cima e pra baixo um sansão (coelhinho azul da Mônica) que minha madrinha me deu. Lembro de cafés maravilhosos na casa da vovó Lalá, do feriado em mosqueiro, em salinas, em qualquer lugar cheio de primos, da minha vó Tina mandando ficar quieta na sexta feira santa, pois Cristo estava sendo crucificado (é isso?), mas, só não me lembro de pensar que esse tempo, mais doce que o doce de batata doce, iria acabar.

Acontece que as páscoas em que eu era criança já se acabaram, eram mais doces, mas não melhores das que sucederam e da que eu experimento hoje. Nesta páscoa, por exemplo, eu to bem renovada, é pra ser esse o espírito, né? Muitas coisas novas, enobrecedoras e que me trouxeram orgulho e segurança aconteceram para, junto com os chocolates, deixar minha páscoa desse ano um pouco mais doce, não tanto quanto as dos 10 anos, mas bem docinha também. Apesar dos pesares eu to me realizando, dando o melhor de mim para crescer e ver minha família se fortalecer, descobri o quanto é bom labutar e ver o suor do meu rosto resultar num bom trabalho, e ser recompensada por isso. Minhas aulinhas de inglês, minha bolsa em educação inclusiva, tudo ajudando pra eu conseguir achar o meu caminho profissional e ver o que de fato vai ser o meu pão doce de cada dia. Tenho sentido tanto orgulho do dinheirinho que eu ganho final do mês (que é pouco, mas é do meu suor, do meu esforço, na minha área e sim, PAGA AS MINHAS CONTAS) que tudo o que havia de menos positivo na minha atmosfera foi sendo minimizado.

Estou tranqüila quanto a isso, e mesmo que às vezes precise engolir alguns sapos, mesmo que às vezes seja mais cansativo do que eu jamais pensei que suportaria, mesmo que eu saia de perto da minha filha mais do que eu gostaria, mesmo que alguns dias eu não seja a esposa que eu gostaria de ser, eu sei que ao final das contas o saldo será positivo. No final de cada expediente quando eu chego em casa, no aconchego do colo da Maitê e do Eduardo, o  sorriso de um aluno, o muito obrigado, o abraço, o afago de um professor, a bronca de uma chefa, uma teoria que não entre na minha cabeça, tudo isso vale a pena, e se converte na construção do meu (nosso) futuro que, não duvido, me trará (a mim e aos meus) muito orgulho. FELIZ PÁSCOA, muito chocolate, doçura e renovação pra todos nós!

E a música de hoje é um clichê do Paulinho Moska, Páscoa é bem assim, o novo e clichê.

 

Música pra começar o feriado.

Passei só pra dizer que estou bem, estou viva, e precisando de música, de não ter que pensar nas coisas a resolver. Atualmente quem tem me ajudado a fazer essa parte do desestressar é a Maria Rita, ela me canta sambinhas e diz que a vida pode nos fazer balançar, mas que o balanço do sambinha pode fazer a vida seguir mais leve.

Segue o vídeo, e vem feriado, vem desaluviar minhas idéias…

vale a pena ver o vídeo todo, em alto volume… na contradição de deixar o balanço do samba chamar o feriado e equilibrar a vida.