Vaguei, procurei, me perdi, desencontrei, enfim, então casei!
Quem disse que há roteiro prás coisas que só o que vem de dentro decide? Quem disse que as coisas do coração são explicáveis? Eu nem me atrevo a explicar as coisas do meu coração, e quem dirá então do coração dos outros, tem gente que se atreve. O mais legal foi a imprevisibilidade do meu matrimônio, vi, de longe, de perto, de certos, de errados, as mais diversas manifestações sobre esse momento. Ouvi conselhos, que se fossem de fato bons estariam na tenda dos milagres lá no centro da cidade. Mas o único conselho que eu talvez siga são os meus próprios, desses eu garanto algum resultado, não que sejam muito confiáveis, mas é certo que terei reposta pronta. E isso me importa muito, respostas, manifestações, explicações, nada de conclusões ou resumos, quero desenvolvimentos cheios de adendos.
Casei, acrescentei ao meu o sobrenome dele, fui clichê, o auge do clichê, eu que me dizia tão modernosa, que não casaria enquanto não tivesse a vida feita… Olhem, me orgulho hoje de ser tão inconstante, de transitar e assumir posturas diferentes, assumir no melhor sentido da palavra, porque eu mudo e assumo minhas mudanças, legal isso né? Assumi o clarinodude e ele me assumiu, agora somos definitivamente um responsabilidade do outro, um no outro, um pro outro e todos pela Maitê. Aos que achavam que nunca casaria, que nunca seria uma boa dona de casa, uma boa mãe, uma batalhadora de garra e cheia de ambições e crescimento, meus pêsames, ainda bem que não me espelhei em vocês.
As coisas mudaram, os caminhos foram se cruzando, e os resultados aparecendo, os se‘s que vez ou outra apareciam em minha cabeça hoje já não tem tanta expressão, se eu me questionava se tínhamos feito a coisa certo ao seguir cegamente o amor que nos cometeu, hoje não me questiono mais, e nem ousaria. No final das contas tenho certeza de ter feito o certo, porque um reino está se construindo. Sou uma rainha, tenho um rei e uma princesa, nosso reino não tem grandes posses, tem um monte de amor, vários sonhos e muitos materiais de construções (abstratos, mas que edificam), tudo tem valido muito a pena. Eu ainda hei de reclamar muito, pois sou uma insatisfeita convicta, o que me move é essa insatisfação, esse querer mais, querer mudanças e esperar acontecimentos. Mas o melhor eu já tenho, uma família linda, e que se ama, que se apóia e se respeita, tá bom? Falou a sra. Juliana Maués S. Clarino, guardem esse nome! =)
E no meu conto de fadas o final vai ser feliz, porque no nosso reino, essa “rainha” que voz fala, acredita. E quem dirá que eu não sou uma rainha?
“Quantos sambas agüentar dançar, só não esqueça do seu trato da hora e parar, só vamos embora quando tudo terminar, eu vou te levar aonde você quer chegar, eu tenho a chave, NADA IMPEDE A VIDA ACONTECER, deixe-se acreditar, nada vai te acontecer, tudo pode ser, nada vai te acontecer, não tema, ESSE É O REINO DA ALEGRIA.” (deixe-se acreditar – Mombojó) – A música da minha vida inteira.